Quando o amor real suplantar os interesses individuais imediatos e quando a necessidade e valorização do companheirismo e da ternura suplantar as inquietações do desejo e da necessidade de possuir, os relacionamentos se tornarão a união ideal, não apenas de corpos, mas de almas a serviço do Amor e da Vida.
Ame sempre. E, não tente controlar o amor. Fuja das armadilhas da manipulação. Quando manipulamos os sentimentos e reações do outro, atraímos para nós sua vida e seus problemas. O outro, então, passa a fazer parte do nosso destino com todas as suas questões e necessidades. Uma aliança de interdependência é, pois, formada, onde a necessidade de controlar de um, retroalimenta a incapacidade do outro de estar no controle. Ambos estão carentes e por isso não conseguem emanar amor. São incapazes de perceber o amor. Se as nossas tendências são controladoras, tentamos conduzir o outro para saciar nossas demandas, mas a satisfação nunca acontece.
Ame sempre. E, não confunda amor com a capacidade de exercer influência sobre o outro. Ao influenciá-lo atraímos todo o seu campo magnético para o nosso psiquismo e passamos a ser responsável por isso. Essa carga permanece conosco até o momento em que efetivamente nos posicionamos e escolhemos ser independentes do outro e da situação.
Ame sempre. E, não se permita relacionamentos conflituosos sob a justificativa de que você é capaz de salvar o outro dele mesmo. Ninguém é capaz de tornar feliz aquele que recusa a si mesmo a alegria de ser pleno., saudável e inteiro.
Ame sempre. E, saiba distinguir os laços de afeto de atrações inconvenientes ao seu desenvolvimento e evolução.

Ame sempre. Mas, antes, conheça a si mesmo. Vença as dependências que lhe mantém vinculado a pessoas, relações e situações que já podem ser recicladas e ressignificadas. Conquiste sua individualidade, aceitando-se como é e assumindo seu valor pessoal perante a vida. Essa é a condição para a genuína independência psicológica e emocional, para a autêntica liberdade e para o verdadeiro amor.