Fui Ali Co-Criar Relacionamentos Construtivos

Para além da visão romântica e idealizada que se faz do conceito de almas-gêmeas, existe um significado e um propósito por trás de cada encontro entre almas afins.

De acordo com a Kaballah, todos os encontros têm um porquê que transcende o romantismo infantil do felizes para sempre. Os encontros são proporcionados pelo universo com o objetivo de desenvolver aperfeiçoar. Encontros são instrumentos para a evolução.
Parceiros se unem para somar forças, numa conta em que 1+1 sempre resulta em mais do que 2. Os verdadeiros encontros são aqueles em que um ilumina o caminho do outro e, juntos, eles iluminam o caminho de tudo e de todos que os rodeiam.
Se você ainda não encontrou – ou não reconheceu sua alma gêmea – não se aflija. Aproveite as oportunidades de relacionamentos com prazo de validade que a vida te convida a experimentar. Dê o seu melhor. Nada acontece por acaso e até mesmo nos encontros breves existe um significado se tivermos olhos de ver e um coração com capacidade de sentir.

Para saber mais leia ? esse artigo

A Relação Entre Ser Feliz e dar Cabo da Própria Sujeira

Simplicidade é a complexidade resolvida” (Constantin Brancusi)

Ontem assisti ao “Que Horas Ela Volta” e no lugar de ter a impressão de ser mais um filme que mostra o Brasil de dentro para fora, encontrei nesse ensaio sociológico, o Brasil mostrado de fora pra dentro. Se os Tropas de Elites I e II, Cidade de Deus, Central do Brasil, Bicho de Sete Cabeças, Abril Despedaçado, foram janelas para uma realidade que eu sabia que existia, mas cujos pormenores eu desconhecia, a cria de Ana Muylaerte teve o efeito contrário. Foi um espelho. Daqueles limpos com vidrex e que mostram, com precisão, a imagem de sempre. O reflexo que estamos carecas de conhecer e – quase sempre – temos resistência em confrontar.

Há cinco anos atrás li dois artigos que mexeram comigo. Daqueles que incomodam e que nos botam para pensar. Um escrito pelo Daniel Duclos e o outro escrito pela Adriana Setti. Ambos brasileiros residentes da Europa. Ele em Amsterdã, ela em Barcelona. Cidades e respectivos estilos de vida igualmente incríveis. Ambos defensores de hábitos mais simples, enxutos, espartanos até, independentes e… libertadores. Continuar lendo

Tu te tornas eternamente responsável…

“É preciso desacelerar e desconectar para entrar em contato com a criança que fomos e com as que estão ao nosso lado. Rever nossas urgências e o que é realmente importante para promover uma infância plena. Crianças não são feitas para ser criadas em bolhas. Elas precisam se relacionar, cair para aprender a levantar, perder para aprender a sonhar e elaborar. Precisam de histórias vividas e narradas para se lembrar. E não precisam, para ser felizes, de objetos e atividades que as cansem para desligar-se à noite. Não precisam de um coach para aprender a brincar – sim, parece que estes personagens existem!”

(Trecho do Artigo da Lais Fontenelle publicado na coluna Outras Palavras)

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” ou pelas crianças que põe no mundo.

Talvez porque ainda não tenha filhos me seja mais fácil falar, mas não consigo entender muito bem o que esperam os pais que alienam filhos ao tablet e à televisão. “É para ele(a) não fazer manha e deixar a gente conversar em paz” 

Oi?! Desde quando frustração, obediência e disciplina são ruins na construção de um ser humano?  Continuar lendo

Fui Ali Dar Amor a São Paulo

  
Depois de 8 anos voltei a reviver São Paulo. Surpreendi-me com a cidade que reencontrei. Se antes sentia que algumas lembranças me deixavam a fim de pequenas homenagens, hoje já não me contento mais em honrar minhas raízes, mas sim viver intensamente e ser mais parte dessa cidade que me talhou. Hoje sinto vontade de também talhar essa cidade. 

Arte, música, sorrisos comida, cantorias, cinema, teatro, conversas, debates tem ocupado mais e mais as ruas. A dura poesia concreta já deixa de ser tão hostil e curva-se diante de tantas manifestações de amor. 

O artigo Fomos Proibidos de te Amar, São Paulo de  Facundo Guerra, retrata bem esse novo ideal de São Paulo. Independentemente do que você acredita, se existe ou não existe amor em São Paulo, a análise crítica publicada essa semana na Revista Carta Capital é um convite à remoção dos rótulos e à ressignificação da vida nesta cidade excitante demais. 

Quando a Paz pede passagem à Justiça

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“O mais belo fruto da justiça; é a paz da alma” (Epicuro)

“O fruto da justiça será a paz; e a obra da justiça proporcionará tranquilidade e segurança eternas” (Isaías, 32:17)

“Hey joe,

O que o teu filho vai pensar

Quando a fumaça baixar?

(…)

Também morre quem atira”

(Hey Joe, O Rappa)

Quando estava na faculdade e o professor de Filosofia do Direito citou Epícuro, tive a impressão de ter entrado em contato com umas das verdades mais absolutas da vida. Parecia uma criança que tinha acabado de aprender a falar uma palavra nova. Citei essa frase nos mais diversos contextos: para falar de justiça social, de política, serviços públicos, investimentos, decisões judiciais e até para justificar posicionamentos pessoais bastante recentes.

Hoje – não hoje em dia, mas hoje, hoje, dia 24 de agosto de 2015 – eu ouso discordar.

Não só discordar, mas pensar justamente o contrário: a Justiça é que é fruto da paz. Não falo sobre qualquer justiça. Falo da Justiça que acomoda interesses, ao invés de os sobrepor. justiça que contrapõe interesses prolonga acertos de contas de uma equação que não fecha nunca. Continuar lendo