Ela nunca foi capaz de amar por piedade, nem de ser amada como quem pede favor. Amar para ela significava querer dividir o mesmo degrau. Nem mais alto, nem mais baixo. Significava o querer estar na mesma página. Saltar no mesmo andar. Não exigir compensações. Chegava até a ter vontade de se diminuir apenas para que o amor aumentasse. Ceder ao futuro. Significava dar ao outro a metade da cama, da gaveta, a última mordida no sanduíche. Oferecer aquilo que nem chegara conhecer.
Ela, um dia, conheceu ele. Continuar lendo